segunda-feira, 30 de abril de 2012

Materiais apresentados pelos palestrantes no Fórum Permanente de Controle e Fiscalização do FUNDEB

APP Sindicato - NS Cornélio Procópio

Clicando no link abaixo você poderá acessar os materiais apresentados pelos palestrantes no Fórum Permanente de Controle e Fiscalização do FUNDEB, realizado em Cornélio Procópio. Ótimo proveito.

MATERIAL FÓRUM DO FUNDEB

Uma nova história começa a ser escrita!?

Da Agência Carta Maior
Crise, hegemonia e discernimento histórico
Menen votou a favor da renacionalização da YFP, privatizada em 1992 em seu governo; Angela Merkel admite a necessidade de um plano de crescimento para uma Europa devastada pela receita de austeridade germânica; o discurso da extrema direita na França e na Grécia às vezes soa como um brado esquerdista contra o Estado fraco e o abandono da sociedade aos espoliadores ; no Brasil, Gilmar Mendes & outros, do STF, votam por unanimidade a favor do sistema de cotas na universidade; Alckmin diz que o PSDB sempre defendeu a 'prevalência' do trabalho sobre o capital; Murilo Portugal, da Febraban, tentou afrontar o governo na queda de braços dos juros com a velha soberba financista; foi retirado de campo rapidamente pelos bancões que anunciaram a adesão (perfunctória, é certo) aos cortes nas taxas ... O que está havendo, além de oportunismo e conveniência episódica? 

Talvez estejamos entrando no período mais decisivo da crise capitalista iniciada em 2008: aquele que coloca ao alcance da esquerda o desmascaramento histórico das idéias e agendas que hoje constrangem até personagens e força que por 30 anos subordinaram os destinos da economia e da sociedade à supremacia das finanças desreguladas.

A trágica herança desse período acumulou massa crítica na fornalha do discernimento social . Afogada em desemprego - que cresceu 66% entre seus Estados membros desde 2008, segundo a OIT - a União Européia tornou-se a chaminé sombria desse estágio terminal. A imolação da Espanha pelo governo direitista do PP corrige quem se iludiu com 'a especificidade perdulária dos gregos'; ou relevou como tragicomédia o naufrágio italiano sob o comando de um Don Juan. 

As histórias nacionais são sempre específicas. Mas a crise sistêmica que interliga gregos e troianos escancara o custo devastador da dominância financista ali onde ela não encontrou contrapesos no poder Estado, nem a resistência da democracia mobilizada. 

O enlouquecido repto da direita espanhola escalpela a 4ª maior economia do euro em praça pública, ao custo de 5,6 milhões de desempregados, mais o desmanche do sistema de ensino e da saúde pública. E pur se muove : e mesmo assim os capitais continuam a fugir do país, a ponto de esculpir nuances de perplexidade no olhar catatônico do mandatário Mariano Rajoy que tudo faz a seu contento. 

Nunca na série histórica do BC espanhol,desde 1990, houve registro de uma debandada tão persistente e graúda: desde junho investidores tiraram 128,5 bi de euros do país; a curva ascendente marcou novo pico em fevereiro com a saída de 25,5 bi de euros, quando os próprios espanhóis ricos remeteram outros 13 bi de euros para cofres estrangeiros. É uma sangria que todos enxergam e fingem não entender: o ajuste baseado em arrocho, recessão e consequente queda de receita conflita nos seus próprios termos com a meta perseguida de equilíbrio fiscal. A fuga ressalta o objetivo superior de obter liquidez, zerar posições, evadir-se, antes que seja tarde (nesta segunda-feira, pelo segundo trimestre consecutivo, a economia espanhola registrou resultado recessivo, com queda do PIB de menos 0,3%; 16 bancos locais tiveram avaliação piorada por uma agência de risco ingrata aos esforços do austericídio oficial). 

As urnas francesas do próximo domingo, dia 6, vão testar a extensão desse discernimento na consciência européia. Pela primeira vez, a mistificação do debate sobre a natureza da crise e suas alternativas foi polarizada por uma visão consequente, personificada na candidatura de Mélenchon, cuja fatia de 11% dos votos pode ser decisiva à vitória de Hollande. Mais estratégica ainda será a persistência da pressão política da Frente de Esquerda num eventual governo socialista francês. Induzí-lo a adotar políticas que respondam de fato à natureza da crise -por exemplo, a regulação do sistema financeiro- será decisivo para saltar da revolta à construção de uma nova hegemonia política no coração do euro.
Postado por Saul Leblon 

Nesta quarta-feira, dia 02/05, direção do sindicato se reúne com o governo

Do Portal da APP-Sindicato

Assembleia da APP no sábado, dia 5 de maio


Na quarta-feira, dia 02, direção do sindicato se reúne com o governo

O Espaço Cultural e Esportivo dos Bancários será o local onde a APP-Sindicato realiza no dia 5 de maio, sábado, uma nova assembleia estadual extraordinária, a partir das 8h30. O endereço é rua Piquiri, nº 380, bairro Rebouças, Curitiba. O Conselho Estadual da entidade acontece no dia anterior, 04, no auditório da nova sede estadual do sindicato (Avenida Iguaçu, nº 880, Rebouças).

Na pauta: informes; negociações com o governo e mobilização; referendo das deliberações do XI Congresso Estadual da APP-Sindicato e dos delegados para o Cecut/Concut; contribuição sindical referente à negociação coletiva. Para se credenciar à assembleia estadual, o educador sindicalizado deve apresentar comprovante de pagamento da mensalidade mais recente da APP (contracheque, recibo ou extrato bancário). 


=================
Reunião de negociação - Na quarta-feira, dia 2 de maio, a APP e governo voltam a se reunir para avançar na solução de itens da pauta da categoria. O resultado da reunião será avaliado pela assembleia.

domingo, 29 de abril de 2012

Oportunidade: Estudante de licenciatura pode ter dupla titulação em Portugal

Do Portal do MEC

Bolsas

Estudante de licenciatura pode ter dupla titulação em Portugal


Sexta-feira, 27 de abril de 2012

O Programa de Licenciaturas Internacionais (PLI), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), está com inscrições abertas até a próxima segunda-feira, 30, para estudantes de licenciaturas interessados em passar até dois anos em universidades de Portugal. A universidade em que o aluno está matriculado deverá enviar um projeto contendo a participação de até sete estudantes.

O PLI teve início em junho de 2010 e nesta terceira edição prevê a seleção de até 40 projetos, num total de 280 bolsistas. “O aluno terá dupla titulação. Ele terá um diploma no Brasil e outro da universidade em Portugal. Por isso, a seleção é criteriosa e institucional, feita pela universidade do Brasil”, explica Thais Nere Marques Aveiro, coordenadora geral de cooperação internacional da Capes.

Para participar dos projetos, o estudante deverá ter estudado em escola pública ou na rede privada como bolsista integral. São aceitos universitários de licenciatura em química, física, matemática, biologia, português, artes e educação física. “O principal objetivo do programa é elevar a qualidade da graduação para melhorar o ensino de licenciatura e de formação de professores”, ressalta Thais.

Participam do Programa de Licenciaturas Internacionais 11 universidades portuguesas, entre as quais as universidades de Lisboa, de Coimbra e do Porto. Já participaram do programa 66 estudantes. Confira o edital na página da Capes na internet.

Rovênia Amorim
Ouça entrevista com a coordenadora geral de cooperação internacional da Capes, Thais Nere Marques Aveiro

Palavras-chave: educação superior, bolsas, licenciatura, Capes

sábado, 28 de abril de 2012

Galeria de APP Sindicato Cornélio Procópio

SAM_0853SAM_0848SAM_0842SAM_0838SAM_0833SAM_0831
SAM_0830SAM_0828SAM_0827SAM_0826SAM_0824SAM_0819
SAM_0817SAM_0815SAM_0814SAM_0813SAM_0809SAM_0806
SAM_0803SAM_0801SAM_0799SAM_0796SAM_0792SAM_0782

Inauguração da nova sede da APP Sindicato, Curitiba - PR.

Entrevista com o Prof. Frigotto

Frigotto destaca papel da APP e aponta desafios da educação

Professor encabeçou debate sobre políticas educacionais no Seminário sobre Currículo promovido pela entidade

Prof. Leandro, Prof. Dr. Frigotto e Profª. Sidineiva
(APP, Curitiba, 27/04/2012)

Dando continuidade a celebração dos 65 anos da APP-Sindicato, foi realizado, nesta sexta-feira (27), o Seminário Político Educacional sobre Currículo, que teve o seguinte tema: 'A escola como território de luta e um currículo emancipador'. No período da tarde, os participantes tiveram a oportunidade de ouvir uma palestra, e participar de um debate, com o professor doutor Gaudêncio Frigotto, da Universidade Federal Fluminense (UFF) e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Ele falou sobre política educacional.
'
Em entrevista ao Portal da APP, Frigotto, um dos mais importantes teóricos da educação brasileira, falou sobre a relevância da APP-Sindicato na defesa da educação pública no país. Em uma análise em que mesclou as diversas conjunturas que marcaram os últimos 65 anos, o professor aponta as oportunidades perdidas pelos segmentos da sociedade que acreditam em uma escola emancipadora, bem como indica a atitude que estes mesmos segmentos devem adotar no momento atual. Leia, abaixo, a conversa com o professor Frigotto.
'
Portal da APP - Como o senhor avalia a importância de uma entidade como a APP-Sindicato, que acabou de completar 65 anos de atuação?
Gaudêncio Frigotto - 
A história da APP-Sindicato é uma história que sintetiza não só o Paraná, mas especialmente no Paraná, as diferentes conjunturas da sociedade brasileira. As diferentes conjunturas da política educacional, ou um sentido de planejamento mais vasto, de diretrizes mais amplas, mas também da política educacional que chega ao chão da escola.
'
Portal da APP - E como acontece isto?
GF -
 Na fala que fiz, tentei demarcar essas fases históricas. A própria APP nasce em um momento em que saímos de um período de 15 anos de ditadura. Foi a ditadura Vargas, com características diferentes da ditadura civil militar de 1964, mas, ainda assim, uma ditadura que engessou a sociedade. Mas, felizmente, no qual a sociedade não estava morta. Logo depois da ditadura, nos regimes que foram se constituindo, mesmo os mais conservadores, a sociedade se moveu. E aí é que se iniciam as campanhas 'De pé no chão também se aprende a ler' e toda a luta da pedagogia para jovens e adultos, da pedagogia do oprimido, como eu disse, é a síntese de um tempo, escrita com grande maestria pela capacidade de Paulo Freire. E o que estava em pauta? A pedagogia do oprimido surge porque somos uma sociedade de latifúndio, e de uma concentração de renda brutal. De uma desigualdade monumental entre quem trabalha e quem vive do trabalho alheio. Então, é uma luta de quem acreditava em um projeto nacional de desenvolvimento de caráter popular e, portanto, uma educação básica como direito social e subjetivo.
'
Portal da APP - E este movimento se estendeu até quando?
GF -
 Isto foi até os anos 60. Neste momento, a sociedade brasileira, inclusive no contexto da America Latina, tinha condições de dar um grande salto. Mas é exatamente neste momento que as elites, as classes dominantes do Brasil, chamam a mão armada do Estado e dão um golpe. Tudo isto com o apoio dos setores conservadores da igreja conservadores e de organismos de vigilância e do capital, como a CIA. Passam 20 anos onde, então, foram talhadas as reformas sob os auspícios de que a educação já não era um direito social e subjetivo, mas era um lugar onde as pessoas tinham que adquirir as competências, o capital, para disputar a já instalada a crise do trabalho e emprego que se manifestava. Mas a ditadura não durou. E nós saímos dela, como diz Carlos Nelson Coutinho, com uma sociedade civil mais forte. Tanto que quando saímos da ditadura você tem um sindicalismo mais enérgico. A APP-Sindicato, nos anos 80 do século passado, teve um papel extraordinário no Brasil. A primeira proposta de caráter amplo de um Estado, que invertia o sinal da educação para uma transição democrática - e da discussão do que é uma transição democrática - se fez no Paraná. Só depois em Minas Gerais, com o Congresso Mineiro da Educação. Mas no Paraná este debate teve uma característica mais orgânica.
'
Portal da APP - Logo em seguida se instala no país o modelo neoliberal... 
GF - 
Pois é. Veio a década de 90 e o Paraná foi um dos laboratórios mais perversos do neoliberalismo. E o que é o neoliberalismo? É uma pauta econômica, e, sobretudo, uma pauta ideológica e valorativa de convencer corações e mentes de que não há outra alternativa, senão o capitalismo. Na década seguinte, após quatro tentativas feitas por uma base social ampla e muito heterogênea - de movimentos sociais, sindicatos muito diferentes, forças institucionais ligadas a intelectuais - viram que era importante colocar alguém que vinha da memória das lutas sociais. E, justamente, um operário nordestino, alvo de todos os preconceitos. Imaginou-se que ali daríamos um salto. E muita coisa foi, de fato, feita. Mas por razões que precisamos analisar e aprofundar, o salto que deveríamos ter dado, agora, com essa base social, não ocorreu.  E, portanto, as forças que vêm lá da ditadura, e especialmente da ditadura do mercado, que planta essa ideia de que não existe alternativa e que precisamos de uma educação gerencial, de um Estado gerencial, germina e se espraia nos sistemas educacionais e na política do desenvolvimento etc.
'
Portal da APP - Após estas oportunidades perdidas, o que pode ser feito?
GF 
- O nosso grande desafio é renascer das cinzas. Hoje, no seminário, me foi colocada uma excelente questão: o que significou a Conae? A Conae foi o possível. E tanto que é assim, que temos lá, no Plano Nacional de Educação, uma pauta interessante. Mas sem os Coneds (Congressos Nacionais de Educação) por trás, sem a organização da sociedade por trás, e com as forças que se despolitizaram e se dividiram muito, então, não temos força para sustentar essa pauta. Precisamos de uma força como a que vocês demonstraram aqui, no Paraná, com o PDE (que não tem nada com o PDE nacional). Vocês o construíram aqui. Disputaram politicamente, transformaram um PDE mercantil em um PDE favorável ao direito dos professores, da carreira docente. Ao direito de uma formação não pingada. Então, agora, precisamos, em primeiro lugar, ter paciência para avaliar, com bastante cuidado, assim como a geração de Florestan Fernandes fez, aonde erramos e por que erramos. E mais: temos a responsabilidade de analisar, para não errar outra vez. Foi um pouco essa a provocação que fiz hoje e creio que seja esta, também, uma pauta importante dos núcleos sindicais, aliás, outra característica fantástica da APP, de se fazer presente todas as regiões do Paraná.














Fonte: texto APP Sindicato/ Fotos: Leandro Ap. Santos

Seminário de Currículos acontece na nova sede da APP

Via Portal da APP-Sindicato

APP abre Seminário de Currículos

Secretaria Educacional continuará debates sobre temas ao longo do ano preparando a Conferência da Educação, em 2013






A APP-Sindicato abriu hoje (27) um ciclo de debates sobre educação e modelo de escola que desejam os educadores com o Seminário Político Educacional sobre Currículo "A escola como território de luta e um currículo emancipador", organizado pela Secretaria Educacional, no salão nobre da nova sede estadual da entidade em Curitiba. O seminário acontece hoje, mas os debates sobre o tema da "escola que queremos" se prolongarão pelo ano, com a participação de um grupo de trabalho dos diversos núcleos sindicais, como preparação para a Conferência da Educação da APP, que acontece no ano que vem.
-
A professora Walkíria Olegario Mazetto, secretária Educacional da APP, lembrou que o sindicato há muitos anos tem se dedicado a ir além da luta corporativa e acumulado grande debate sobre temas educacionais, como o do currículo. "Entendemos que, para garantir também melhores condições de trabalho e carreira decente para nossos professores e funcionários, nós devemos pensar que escola nós queremos e para que esta escola serve", disse. Ainda na abertura, que também contou com uma apresentação musical do artista Miran Carvalho, a professora Marlei Fernandes de Carvalho, presidenta da APP, observou que o seminário é uma oportunidade de discutir o que o movimento dos trabalhadores pretende - a transformação da sociedade.
-
O evento nesta manhã contou com a presença dos professores Álvaro Moreira Hypolito, da Universidade Federal de Pelotas e coordenador da Rede Latino-Americana de Estudos sobre Trabalho Docente Rede Estrado, e Heleno Araújo Filho, secretário de Assuntos Educacionais da CNTE. O seminário prossegue à tarde com um debate sobre Políticas Educacionais com o professor Gaudêncio Frigotto, da Universidade Federal Fluminense e Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
-
Em sua intervenção, o professor Hypolito traçou um quadro das principais mudanças havidas na escola pública no último século: a formação dos grupos escolares e a concomitante forma de controle centralizado sobre as até então turmas isoladas, na virada do século XIX para o XX, e o que ele chama de "gerencialismo", aplicação de técnicas de administração típicas das empresas no âmbito educacional nos últimos 20 anos, manifestada por exames e testes para fins de ranqueamento das instituições e o ingresso agressivo das parcerias público-privadas nas escolas. De acordo com Hypolito, a chegada destes mecanismos altera as relações internas na escola e, ao se imporem e não serem questionadas, acaba naturalizando os sistemas de avaliação.
-
Heleno Araújo Filho lembrou que pensar currículo é pensar o que vai ser trabalhado no tempo e espaço escolar e que muitas das alterações que se colocam nos currículos estão dissociadas do que prevê a LDB. "A LDB fala em colaboração, cooperação, articulação, nela não está escrito classificação, ranqueamento e competição", disse, lembrando que a Lei abre a possibilidade da formatação de currículos diversos, para atender especificidades, no entanto a tendência é a unificação.
-
O professor ainda citou alguns desafios dos educadores, como efetivar a educação integral a fim de evitar distorções de gestores que criam simulacros deste conceito, com fins eleitorais, ou ainda aumentar a participação dos alunos na gestão escolar, pensar políticas de formação continuada e criar uma verdadeira autonomia pedagógica para as escolas.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Aniversário de 65 anos é comemorado com inauguração da nova sede da APP Sindicato

Via Portal APP-Sindicato


APP faz 65 anos e comemora em nova sede

Solenidade contou com a presença de 500 convidados que conheceram mais sobre a história da entidade.







No dia em que fez aniversário a APP-Sindicato e todos os sindicalizados ganharam de presente um novo endereço: Avenida Iguaçu 880. Além das salas que abrigarão as 17 secretarias a partir de maio, o novo espaço conta com um auditório para 500 pessoas (que ficou lotado durante a inauguração) além de biblioteca, sala de estudos, terraço, estacionamento e bicicletário. "Foi um trabalho intenso e gratificante. São 3.500 m² de área construída com mais de 30 salas, tudo para o melhor atendimento do nosso sindicalizado", ressalta Clotilde Vasconcelos secretário de Administração e Patrimônio.
-
Na noite desta quinta-feira, quem esteve presente na festa de inauguração pode saber um pouco mais sobre a história da entidade. "Se pudéssemos resumir em uma palavra toda essa história ela seria 'ousadia'", declarou Luiz Carlos Paixão da Rocha, secretário de Imprensa, que apresentou o vídeo histórico produzido para a data. Entre tantas coisas, o sindicato enfrentou a ditadura militar, a repressão de Álvaro Dias na passeata de 30 de agosto de 88 e os difíceis anos 90, auge do neoliberalismo.
-
Em 26 de abril de 1947 foi quando um pequeno grupo de professores fundou a APP-Sindicato, que funcionava provisoriamente no Instituto de Educação. Em 1954, quando tinha apenas um funcionário, a entidade se mudou para o Edifício Asa, para atender os 1.500 sócios na época. Hoje são mais de 65 mil sindicalizados, que necessitam de uma estrutura melhor para seu atendimento, além dos 150 funcionários, que terão melhores condições de trabalho. "Nós temos uma cultura muito imediatista, então pensar um projeto a longo prazo não é tão simples. Esse foi o maior desafio. Economizamos um tanto e compramos o terreno, depois economizamos mais e começamos a obra, com dificuldades, segurando repasse dos núcleos, e ainda sem parar a luta", analisa Miguel Baez, secretário de Finanças.
-
"Essa é uma conquista para a classe trabalhadora, não só para a APP . Nós merecemos ter um espaço adequado, que sirva o movimento social e sindical", comemora a presidenta da entidade Marlei Fernandes de Carvalho que fez o descerramento da placa inaugural.
-
A solenidade também contou com a apresentação do coral da APP e do grupo de MPB da UFPR. Maria Dativa de Salle Gonçalves foi a professora homenageada da noite, representando todos os trabalhadores em educação. Os seguintes ex-presidentes também receberam placas de homenagem: Izaias Ogliari, Dino Zambenetti, Paulo Maia de Oliveira, Isolde Andreata, Mário Sergio de Souza, Romeu Gomes Miranda, José Rodrigues Lemos e a atual presidente que está em sua segunda gestão.
-
Diversos setores da sociedade estiveram presentes. O reitor da UFPR compôs a mesa de inauguração, junto com o deputador federal Doutor Rosinha e os deputados estaduais Tadeu Veneri e Professor Lemos, além de representantes da CNTE, CUT, MST, Coordenação dos Movimentos Populares, Fórum das Entidades Sindicais e União Paranaense dos Estudantes. "A APP está de parabéns. Aqui será um espaço de diálogo e debates. Os movimentos sociais e sindicais ganharam uma nova casa", afirma Roni Barbosa, presidente da CUT-PR.
-
http://www.appsindicato.org.br/include/paginas/galeria.aspx?id=96

quinta-feira, 26 de abril de 2012

26 de abril, dia de Paralisação




Via Agência Estado

Professores do Paraná param por melhorias salariais



Professores da rede estadual do Paraná fizeram um dia de paralisação nesta quinta-feira para cobrar do governo, entre outros itens, o pagamento do piso salarial profissional nacional de R$ 1.452,06 e a garantia de um terço da jornada como hora-atividade (período que os docentes utilizam para estudos e planejamento pedagógico).

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Paraná (APP Sindicato), cerca de 90% das 2,2 mil escolas estariam fechadas. Apesar da chuva forte que caiu em Curitiba pela manhã, um grupo de professores fez manifestação em frente ao Palácio Iguaçu, sede do governo paranaense, abrigando-se em barracas e nas marquises da construção.

De acordo com a direção do sindicato, tem havido negociação constante com o governo, mas as propostas apresentadas ainda não agradaram. O sindicato afirmou que o salário estaria cerca de 18% abaixo do piso nacional e reivindica que a hora-atividade passe dos atuais 20% para 33,3%.

Segundo o sindicato dos professores, em negociações realizadas em março, o governo dispôs-se a pagar, até outubro deste ano, o salário inicial por 40 horas de R$ 1.463,28, ficando acima do piso nacional. Mas o sindicato pretende que esse valor seja retroativo a janeiro. O governo também teria acenado com a possibilidade de implantar um terço de hora-atividade somente a partir do próximo ano. O sindicato reivindica que os demais servidores das escolas tenham reajuste de 14,13%.

Em nota, a Secretaria de Estado da Educação afirmou que tem mantido "constante diálogo" com os profissionais da Educação, pois o governo tem como prioridade "valorizar quem faz a educação do Paraná". Segundo a secretaria, já houve avanço com a equiparação dos salários dos professores aos dos técnicos de nível superior. Em função disso, além do aumento de 6,5% concedido a todos os servidores em maio do ano passado, os professores teriam recebido mais 5,91%.

A secretaria salientou, ainda, que na atual gestão foram contratados 19.573 profissionais concursados. Em janeiro deste ano, 11.563 professores foram nomeados. "Isso significa melhores condições de trabalho nas unidades de educação da rede estadual, com mais estabilidade e garantia do plano de carreira", informava a nota. "O compromisso assumido pelo governo é efetivar o processo de equiparação salarial dos professores."

Sobre o aumento na hora-atividade, a secretaria afirmou que o assunto "está sendo dialogado e negociado".

IMAGENS DA PARALISAÇÃO: NS CORNÉLIO PROCÓPIO

Da APP Sindicato - NS Cornélio Procópio