quinta-feira, 24 de maio de 2012

Na sessão desta terça-feira (22), os deputados estaduais aprovaram o projeto de lei nº 205/2012, que concede o índice geral de 5,1% nas remunerações de todos os servidores públicos estaduais

Do Portal da APP Sindicato

Aprovado o reajuste de 5,1% para os servidores estaduais


Deputados aprovaram a mensagem do governo. A direção da APP-Sindicato acompanhou a votação do índice da data-base
 
Na sessão desta terça-feira (22), os deputados estaduais aprovaram o projeto de lei nº 205/2012, que concede o índice geral de 5,1% nas remunerações de todos os servidores públicos estaduais: da ativa, pensionistas e os aposentados (inclusive os sem paridade e sem integralidade). A recomposição salarial obedeceu à variação da inflação acumulada nos últimos 12 meses, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor-Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A direção da APP-Sindicato acompanhou a votação na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Agora, a proposta segue para sanção do governador.

De acordo com o deputado estadual, e ex-presidente da APP, Professor Lemos, foi fundamental a luta do Fórum das Entidades Sindicais (FES) para que o índice fosse assegurado a todos os servidores. "O debate feito pelo Fórum com a Secretaria de Estado de Administração e Previdência, desde o início do ano, foi essencial para que o reajuste também contemplasse os aposentados sem paridade e sem integralidade", lembrou. Lemos também ressaltou dois importantes projetos que devem chegar, em breve, na Assembleia, os que tratam das adequações nos planos de carreira dos funcionários de escola e dos professores. "Vamos votar estas importantes propostas que acrescentam direitos que não haviam sido alcançados por estes trabalhadores", avaliou o parlamentar.

O índice de 5,1% será pago a todos que atuam no Poder Executivo: temporários, CLT, PSS e estatutários. De acordo com a presidenta da APP, professora Marlei Fernandes de Carvalho, é um fato positivo que pelo sexto ano consecutivo a data-base esteja, de fato, sendo respeitada. Para Marlei, que também é coordenadora geral do Fórum dos Servidores, esta é uma vitória do conjunto dos servidores.

"Este é um dia importante, pois tivemos a data-base respeitada e teremos o índice já implantado na folha de pagamento de maio. Embora o Fórum tenha, desde o início do ano, feito um debate com o governo demonstrando que queríamos um reajuste maior. Primeiro apontando um ganho real conforme o salário mínimo nacional, depois defendendo que o índice deveria ser, pelo menos, o mesmo do salário mínimo regional: de 10,31%. E entendíamos que o governo poderia ter trabalhado um valor maior para o conjunto dos servidores. Mas vamos continuar a luta no que diz respeito aos funcionários de escola, para melhorar os salários dos Agentes Educacionais I e II. E também temos que acompanhar mais uma tramitação: do reajuste diferenciado dos professores relativo ao Piso Salarial Profissional Nacional. Além deste índice da data-base, os professores receberão outras duas parcelas, de 6,65%, nos meses de julho e outubro. E a APP também exige o pagamento, até o final do ano, do retroativo - a janeiro de 2012 - do Piso. Então, a data de hoje é importante, mas, ao mesmo tempo, permanece o conjunto de mobilização e negociação com o governo", explicou Marlei.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

A visão da casa-grande sobre educação

Do Fazendo Media
Contra os papagaios da velha mídia, representantes da Casa-grande 




ECONOMIA DO QUE? NÃO EM EDUCAÇÃO


Por Walter Takemoto
O Sr. Gustavo Ioschpe em entrevista ao portal Terra no dia 27 de abril (leia aqui) ao comentar as greves de professores em defesa do piso salarial nacional declarou que reajustar os salários do magistério não significa que a educação no país vai melhorar: aumentar salário de professores não é um caminho para a melhoria da qualidade da educação, afirmou ele. O Sr. Ioschpe, especialista e mestre em economia da educação nos EUA, declarou ainda “É surpreendente e decepcionante que o País perca tanto tempo com uma discussão que toda a experiência internacional e brasileira já demonstrou ser infrutífera.”
Em encontros com professores eu costumo afirmar que reajustar os salários não significa que a aprendizagem dos alunos irá melhorar automaticamente, ou seja, se o magistério receber um reajuste de 100% não ocorrerá um impacto imediato de 100% na aprendizagem de matemática, ou nem mesmo de 10%. Pois, caso isso ocorresse, poderíamos concluir que antes os alunos não aprendiam por uma decisão deliberada dos professores, como forma de protesto pelos baixos salários. E isso seria criminoso, por representar destruir o futuro de milhões de crianças e adolescentes (a grande maioria pobres), que não possuem nenhuma responsabilidade pelas decisões dos gestores e governantes.
Uma atitude desse tipo seria comparável ao médico que deixa parte dos seus pacientes morrerem por falta de tratamento para protestar contra o salário pago pelo SUS. Ou o engenheiro que sabota a construção do prédio para exigir aumento de salário, e coloca em risco a vida dos moradores.
Discuto essa questão com os professores para que compreendam a armadilha que representa para a categoria quando o movimento sindical vincula, única e exclusivamente, o baixo salário ao grave problema da qualidade da escola pública brasileira. Essa vinculação é que abre espaço para que especialistas como o Sr. Ioschpe ofereçam os argumentos necessários para os que querem jogar sobre os salários pagos ao magistério o mal uso dos recursos destinados à educação.
E ai aproveito para perguntar ao Sr. Ioschpe: se reajustar os salários não vai elevar a qualidade da educação no país, mantê-los em níveis aviltantes vai contribuir para melhorar? As experiências educacionais internacionais que o senhor tanto estudou, comprovam que pagar baixo salário melhora a educação mais do que pagar salários dignos profissionalmente?
Diz, ainda, o Sr. Ioschpe na entrevista “…trabalham em uma escola cumprindo carga horária inferior à maioria das profissões e com férias mais longas, e ganha aquilo que é de se esperar para o seu nível de formação e carga horária. Enquanto não superarmos esses estereótipos e mistificações, a discussão nacional não vai pra frente. Estamos discutindo falsos problemas”.
De quais professores fala o Sr. Ioschpe? Dos que trabalham em escolas privada consideradas de excelência, que atende parte da elite brasileira, que cobram mensalidades dos seus alunos que é muito superior ao que ganha na média o professor da escola pública, ou do custo aluno/ano estabelecido pelo FUNDEB?
Quando o Sr. Ioschpe fala de carga horária, provavelmente deve estar se referindo a jornada de trabalho medida em horas e esquecendo-se de analisar o efetivo exercício do trabalho docente e os seus desdobramentos.
Segundo o censo escolar de 2009 do MEC/INEP, o Brasil conta atualmente com 1.882.961 professores atuando na educação básica.
Do total de professores da educação básica 63,8% atuam em um único turno, que são os que o Sr. Ioschpe diz que “atuam em uma escola e cumprindo carga horária inferior à maioria das profissões”, argumento que utiliza para defender que o salário pago aos docentes é compatível com o mercado. Na grande maioria esses docentes são os professores dos anos iniciais do ensino fundamental, contratados para uma jornada semanal de trabalho de 20 a 25 horas semanais, o que dificulta que possam acumular um outro contrato. São professores unidocentes ou polivantes, ou seja, são responsáveis por alfabetizar e ensinar todos os conteúdos curriculares para, em média, 35 crianças. São esses professores responsáveis, em grande parte, pelo futuro escolar dessas crianças, pois profissionalmente são responsáveis pelo complexo processo de alfabetização e letramento dos alunos, que muitos dos chamados especialistas em educação desconsideram quando se referem aos professores dos anos iniciais do ensino fundamental.
E se não sabe o Sr. Ioschpe é bom que passe a considerar em suas análises futuras: alfabetizar e ensinar 35 crianças é considerar que cada uma delas aprende em um processo e ritmo diferentes das demais, não sendo possível parametrizar e modelar técnicas que possibilitem ensinar todas ao mesmo tempo e do mesmo jeito, por mais que queiram impor essa concepção determinados especialistas.
Os professores dos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano) são os professores especialistas, que em grande parte ministram uma única disciplina. Do total de professores dessa etapa da educação básica 66,3% atuam em até 5 turmas, ou seja, são responsáveis por ensinar para, em média, 175 alunos de escolas diferentes. E 17,8% dos professores atuam em mais de 9 turmas, o que representa ensinar para no mínimo 315 alunos!
Será que o Sr. Ioschpe tem noção do que significa ter sob sua responsabilidade por volta de 250 alunos por semana? Organizar aulas, materiais, lidar com problemas dos alunos e os próprios problemas, improvisar diante da falta de recursos, se locomover de uma escola a outra, conviver com os problemas sociais da comunidade que atravessam os muros da escola e muitas vezes explodem na sala de aula, entre outros que desafiam a resistência pessoal e profissional dos docentes?
E será que o especialista em economia da educação sabe que a gestão de uma única turma significa, no cotidiano, lidar com situações diferentes a cada dia, pois a complexidade das relações que se estabelecem entre professor-aluno, aluno-aluno e os fatos sociais locais ou não, interferem decisivamente na dinâmica das mesmas e, portanto, no contexto da sala de aula?
Não quero aqui ser leviano e comparar o salário que é pago ao professor com o de outros profissionais, pois correria o risco de ser inconsequente.
Importa dizer, como apontam pesquisas internacionais que o Sr. Ioschpe parece consultar e dar credibilidade, que o professor brasileiro recebe um dos piores salários pagos ao magistério no mundo, inclusive comparando com países com PIB mais baixo.
E, por outro lado, em todo o mundo governantes e pesquisadores afirmam que a educação, principalmente a formal, é o principal recurso do qual dispõe a humanidade para fortalecer a democracia, implementar um modelo de desenvolvimento sustentável e mais justo socialmente, e reduzir as diferenças existentes entre os países e povos ricos e pobres.
Fundamental
Se a educação possui essa importância global, aqui no Brasil os governantes e os empresários dizem que o crescimento econômico verificado nos últimos anos não se sustentará sem que ocorra a melhoria efetiva da qualidade das escolas públicas, formando alunos que atendam aos desafios impostos pela competitividade da globalização e do mercado. São interesses fundamentalmente empresariais e econômicos, mas que demonstram o quanto a educação está no centro dos interesses de todos os setores sociais.
Se a educação é fundamental para o país, estamos falando, portanto, dos professores das escolas públicas, aos quais o governo federal garantiu em lei um piso salarial nacional que no inicio de 2012 deveria ser de R$ 1.451,00 para uma jornada de 40 horas semanais e que, infelizmente, muitos governantes não cumprem o que determina a lei.
Leis descumpridas
O que diz o Sr. Ioschpe sobre os governantes que não cumprem a lei federal que determina o piso salarial como o menor salário a ser pago a um professor de escola pública? Nada! Se os governos estaduais e municipais cumprissem a lei do piso, inclusive criando planos de cargos, carreiras e remuneração que valorizem efetivamente o profissional da educação, não estaríamos aqui discutindo os salários aviltantes e nem os professores precisariam recorrer à greve, que sabemos o quanto é desgastante para o magistério e para os alunos e seus familiares. Bastaria os governantes fazerem o mínimo: cumprir a lei federal que instituiu o piso nacional como o menor salário a ser pago aos professores das escolas públicas que o desejo do Sr. Ioschpe seria atendido!
E ai poderíamos estar discutindo outras questões que estão associadas à qualidade da escola pública, como:
- qual o currículo adequado para os cursos de formação inicial de professores, que efetivamente garanta aos futuros profissionais o conhecimento didático necessário para que possam ensinar com qualidade a todos os alunos;
- quais são as estratégias formativas mais adequadas, que possam substituir os estágios como hoje são desenvolvidos em grande parte das instituições formadoras, para que os futuros professores possam se apropriar da cultura escolar e profissional, na perspectiva de contribuir para que a escola possa se transformar em uma organização social flexível e permeável;
- construir um amplo movimento de educadores, não subordinado aos órgãos governamentais, que debata nas escolas e comunidades o projeto educativo para o país que possa efetivamente orientar as políticas educacionais que são fundamentais para que a escola pública possa ser de qualidade;
- debater com as comunidades, sindicatos, conselhos escolares, do Fundeb, e outras instituições e movimentos interessados em discutir a educação, quais devem ser as prioridades para investimentos dos recursos destinados à educação e que estão associados a qualidade do ensino e da aprendizagem.
Debates
Esses, e muitos outros temas, devem fazer parte permanentemente dos debates entre os profissionais da educação, e seus sindicatos, pois quem faz a educação são aqueles que cotidianamente estão nas escolas e salas de aula, portanto são os que podem, e devem, estar a frente das definições das políticas educacionais do nosso país. Caso contrário, veremos sempre os especialistas dizendo o que é importante para a educação, um pequeno grupo planejando as políticas educacionais e as prioridades para o país, alguns determinando como e quando serão implementadas, os educadores nas escolas executando o que mandaram ser feito, e os milhões de alunos sofrendo os efeitos perversos do que se decidiu em algum lugar distante das escolas.
Isso não significa, como tenta nos fazer crer o Sr. Ioschpe, que a discussão salarial é perda de tempo, ou que os professores estão satisfeitos com a remuneração que recebem, e que falar em desinteresse pelo magistério é bobagem. Em todo o país grande parte dos professores são contratados em caráter precário, muitos lecionam disciplinas para as quais não foram formados em decorrência da dificuldade das secretarias de contratar professores habilitados em diversas especialidades, como física, química, matemática, biologia, entre outras. Por outro lado, como especialista em economia da educação deveria saber que quanto mais atrativos são os salários e os benefícios oferecidos, maior é a capacidade de se atrair e reter os profissionais mais qualificados. Não é por outro motivo que algumas das chamadas escolas privadas de excelência chegam a pagar salários superiores a R$ 10.000,00 mensais.
Medidas concretas
Finalizando, é preciso que a importância que se atribui à educação se converta em medidas concretas, valorizando a escola pública e seus educadores na mesma proporção da responsabilidade que se deposita na instituição escolar e seus profissionais. Da mesma forma que se avalia o professor e seus alunos, por meio das avaliações externas de desempenho, é preciso que a sociedade avalie os gestores, as políticas e as prioridades que definem, os modelos de gestão que adotam para o sistema de ensino e as relações que estabelecem com os educadores e as comunidades. Se a qualidade da educação tem como centro a escola pública (o que significa seus profissionais e alunos), é preciso não perder de vista que ela integra um sistema e, portanto, sofre as consequências das decisões que são tomadas no órgão central, que muitas vezes trata o desempenho escolar como responsabilidade única e exclusiva dos seus profissionais.
Se não sabe o Sr. Ioschpe é bom que saiba: muitos professores estão cansados, desiludidos de tanto ouvir que a educação é prioridade, e não perceberem essa importância se transformar em ações efetivas que mudem a realidade das escolas e salas de aula. Ou investimentos efetivos na valorização do trabalho que desenvolvem. O que garante os avanços que a escola pública vem tendo nos últimos anos é que, apesar de tudo que ao longo da história as elites e os governantes fizeram no nosso país para reduzir a qualidade da escola pública quando esta se tornou acessível para todos os pobres e excluídos, ainda existem muitos professores que teimam em militar pela profissão docente e a resistir por acreditarem que é possível uma outra escola pública. Diferente daquela que projeta o Sr. Ioschpe.
(*) Walter Takemoto é educador. Artigo publico no sítio da Caros Amigos.

Eleição tranquila marca a vitória da Chapa 4

Via Portal da APP Sindicato



16/5/2012

Chapa 4 confirma vitória nas eleições em Londrina

Eleição tranquila marca fim na disputa entre as duas chapas
A eleição para o Núcleo Sindical de Londrina teve a totalização de votos concluída na manhã desta quarta-feira. A Comissão Eleitoral registrou 1.145 votos para a Chapa 4 - Independência, Democracia e Luta e 810 para a Chapa 3 Nosso Norte é APP Forte!
Segundo presidente da Chapa 4,  Antônio Marcos Rodrigues Gonçalves, a próxima gestão tem como mote estreitar as relações com a base: "Fortalecer o atendimento aos professores independente de regime jurídico - essa é grande expectativa. Sempre melhorar discussão da carreira tanto de professores quanto funcionários".
O novo pleito aconteceu por determinação judicial. A chapa 3 entrou com recurso para anular a primeira eleição que ocorreu em setembro. "A alegação da oposição é que havia ocorrido fraudes mas a categoria entendeu que na eleição anterior o problema foi organizativo. Quem faz a eleição são professores e funcionários de escolas, não é profissionalizada", justifica.
Segundo ele, essa segunda eleição ocorreu se percalços porque houve um investimento maior em estrutura. "A comissão eleitoral bem estruturada conseguiu dar um caráter organizativo melhor. Foi uma eleição mais cara mas fundamental para transcorresse com tranquilidade", conclui. Em setembro, a chapa 4 já havia obtido a maioria dos votos.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

quarta-feira, 9 de maio de 2012

DIA 15 VOTE CHAPA 4


 APP Sindicato

NOTA DE APOIO 

DO NÚCLEO 
SINDICAL DA APP 
DE CORNÉLIO PROCÓPIO

À CHAPA 4 – APP N.S. LONDRINA



Nós, do Núcleo Sindical da APP de Cornélio Procópio, reafirmamos nosso apoio incondicional à CHAPA 4 – N. S. LONDRINA.

Primeiro pela legitimidade da vitória conquistada na eleição ordinária em 22 de setembro de 2011, inclusive reconhecida pela direção estadual conforme nota publicada no Portal da APP Sindicato em 14 de outubro de 2011, que entendeu que o recurso interposto pela chapa derrotada, acerca das ocorrências descritas no documento não configuravam de maneira alguma objeto para impugnação do processo eleitoral para a direção do Núcleo Sindical de Londrina. Logo, foi uma vitória legítima da CHAPA 4.

Reiteramos ainda nosso apoio à CHAPA 4, pois seus membros são pessoas reconhecidamente comprometidas com a categoria, com um histórico de lutas e conquistas para os trabalhadores da educação e que não medem esforços na construção da escola que sonhamos e que tanto queremos.

VOTAR NA CHAPA 4 É GARANTIR A DEMOCRACIA E O COMPROMISSO COM A ORGANIZAÇÃO DA CATEGORIA.

VOTE CHAPA 4 – INDEPENDÊNCIA, DEMOCRACIA E LUTA!


APP SINDICATO
N. S. DE CORNÉLIO PROCÓPIO
Direção APP Sindicato

terça-feira, 8 de maio de 2012

Saúde dos educadores: Situações de desrespeito vêm marcando perícias no Estado; MP e CRM já conhecem a realidade e governo diz que avaliará casos graves

Do Portal APP Sindicato

APP realiza ações para enfrentar problemas na perícia médica

Situações de desrespeito vêm marcando perícias no Estado; MP e CRM já conhecem a realidade e governo diz que avaliará casos graves
A Secretaria de Saúde e Previdência da APP-Sindicato deu início a uma série de ações para enfrentar as grandes dificuldades encontradas pelos educadores quando necessitam de perícia médica do Estado. O serviço - necessário para atestar a necessidade de licenças e afastamentos de servidores - vem sendo ultimamente marcado pela total falta de respeito à dignidade dos funcionários públicos, o que, no caso dos educadores, agrava ainda mais o quadro de adoecimento pelo qual grande parte deles passa.
Entre as medidas já adotadas está a denúncia formalizada ao Ministério Público acerca do tratamento dado aos educadores pela perícia. A demanda sensibilizou os responsáveis no MP, que se comprometeram a tomar providências quanto à situação. Conforme informado pelo procurador de Justiça do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça das Comunidades, João Zaions Júnior, inicialmente será feito um estudo mais profundo dos casos que a APP já encaminhou ao Ministério Público, para se avaliar e realizar ações para se enfrentar o problema.
Prova e argumento - Em outra frente, uma parceria com o Núcleo de Saúde Coletiva (Nesc) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) vai viabilizar um projeto de pesquisa sobre a saúde mental dos educadores. A pesquisa tem por objetivo provar o nexo causal entre o adoecimento e a condição de trabalho a que o educador está exposto. Hoje, a perícia médica do Estado não reconhece o nexo causal entre condição de trabalho e adoecimento. Assim, na concessão de licenças médicas, acaba por ser diminuído o tempo sugerido pelo médico assistente que acompanha o tratamento do educador, dificultando a sua recuperação.
Ao se provar cientificamente o nexo causal entre condição de trabalho e adoecimento, teremos argumentos concretos para cobrar do governo - e em especial, da Divisão de Medicina e Saúde Ocupacional (Dims), responsável na Secretaria de Administração e Previdência (Seap) pelas perícias - o reconhecimento das doenças ocupacionais e tratamento adequado a esta situação.
CRM - O secretário de Saúde e Previdência da APP, Idemar Beki, ainda se reuniu com representantes do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), a fim de esclarecer alguns procedimentos adotados pela perícia médica.  No encontro, os representantes do conselho informaram que podem receber, avaliar e, se for o caso, responsabilizar o profissional perito que tome atitudes inapropriadas na realização da perícia.
Reunião - A APP-Sindicato, empenhada em resolver essa situação por meio de todos os canais, solicitou uma reunião com Seap/Dims, que foi realizada na última segunda-feira (30), para tratar da perícia médica do Estado, e em especial, da suspensão das readaptações. Sobre o tratamento da perícia médica aos educadores, ficou definido que para os casos efetivamente comprovados de maior gravidade de mau atendimento e desrespeito encaminhados pelo APP-Sindicato a Seap/Dims, haverá providências por parte do governo.
Readaptação - Ainda na reunião o governo informou que, por não existir um entendimento claro do que trata o Estatuto do Servidor (Lei 6.174/70) e a Constituição Federal de 1988 quanto à readaptação no serviço público, está sendo feito um estudo jurídico a fim de instituir uma instrução normativa sobre o tema. Em relação à readaptação na educação, o governo deixou claro que os afastamentos temporários e de função ainda continuam sendo feitos, até que o estudo seja finalizado e a instrução normativa editada. Uma reunião no dia 19 de junho será feita para apresentação da minuta da medida e debate entre APP-Sindicato e governo.
Para melhor análise de cada caso, sugerimos que o educador solicite via requerimento (modelo aqui) junto à Dims, seu prontuário médico. Nesse prontuário médico, as informações registradas são técnicas e com um histórico da doença do servidor, sendo assim acabam por evidenciar possíveis argumentos, para medidas a serem tomadas, dependendo de cada caso.

sábado, 5 de maio de 2012

Assembleia em Curitiba acatou proposta do governo, mas definiu luta por aumento real de funcionários e novo modelo de saúde

Do Portal da APP Sindicato


Educadores aprovam proposta para 1/3 de hora-atividade em janeiro

Assembleia em Curitiba acatou proposta do governo, mas definiu luta por aumento real de funcionários e novo modelo de saúde
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Mais de oitocentos educadores reunidos hoje (5) na Assembleia Extraordinária da APP no Centro Cultural e Recreativo dos Bancários em Curitiba aprovaram a proposta do governo de implantação de 1/3 de hora-atividade no início de 2013, além de referendar outras ações da campanha, como o recebimento do reajuste salarial de 19,55% (para suprir o PSPN) em três parcelas até outubro, e continuar com um calendário de mobilizações para a concretização de outros itens da pauta de reivindicação.

Na Assembleia, os educadores reconheceram que o conjunto da proposta apresentada pelo governo inclui concurso público e a dobra de padrão foi fruto do calendário de ações estabelecido pela categoria desde o início do ano letivo. Ainda sobre o cargo de 40 horas, a assembleia deliberou pela defesa da universalidade de oferta de vagas contemplando um e dois cargos e acompanhamento do processo na comissão de negociação. A aceitação da proposta deve ser levada à negociação com a Secretaria de Educação (Seed), da qual se espera uma solução para o pagamento do retroativo do piso, para o qual ainda não há proposta do governo.

Funcionários - Entre avanços avaliados pela categoria estavam as mudanças no novo plano de carreira dos funcionários de escola. Mas as lutas da APP vão prosseguir para o pagamento de aumento real para os funcionários de escola, para quem se reivindica 14,13% de aumento. Na assembleia de hoje ficou claro que é necessário haver aumento superior ao da data-base, mesmo porque já houve aumento real para o salário mínimo regional. Caso o governo não ceda e apresente proposta razoável, haverá mobilização no final deste mês ou em junho. De toda forma, a APP vai acompanhar detidamente a tramitação na Assembleia Legislativa do projeto de lei de reestruturação das carreiras dos funcionários nos meses de maio e junho.
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Referendo - A Assembleia ainda serviu para referendar as deliberações do XI Congresso Estadual da APP-Sindicato, realizado em Pontal do Paraná em dezembro de 2011 e que será reinstalado em Curitiba em junho (íntegra das resoluçõesaqui), bem como dos nomes dos delegados da APP-Sindicato para o Cecut/Concut, eleitos nas assembleias regionais nos Núcleos Sindicais.
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Saúde - A assembleia deliberou que, caso o governo não apresente na reunião de 15 de maio o novo modelo de saúde para os servidores, será realizada uma nova mobilização no dia 29. A promessa de apresentação do novo modelo nesta futura reunião foi feita pelo secretário de Administração e Previdência, Luiz Eduardo Sebastiani, na mobilização do dia 26 de abril. Os servidores - e especialmente os educadores, que mais sofrem com problemas de saúde - estão, porém, frustrados com a inércia do governo, que prometera para o dia 21 de março o novo modelo e não apresentou.

Ainda durante a assembleia, os educadores foram instados a disseminar nos núcleos a campanha que a Secretaria de Saúde da APP está fazendo para acabar com o mau atendimento nas perícias médicas do Estado, como também a denunciar à APP casos de mau tratamento recebido na avaliação médica.

Sobre a ParanáPrevidência, foi marcado um seminário para o dia 29 de maio, tendo como tema a defesa do sistema público previdenciário de todos os servidores.
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Campanhas - Os educadores deliberaram por realizar uma campanha específica para valorização dos funcionários de escola, com uso de material sobre a readequação do Plano de Carreira e abaixo-assinado pela universalização do valor do auxílio transporte e sua equiparação ao valor pago aos professores. Outra campanha será pelo direito à hora-aula e à hora-atividade para os docentes da educação especial.

Ainda foi definida uma campanha em defesa da gestão plena dos recursos da educação pela Secretaria de Estado da Educação (Seed), que é um dos requisitos para o recebimento da complementação de recursos federais para a educação.

A Assembleia ainda deliberou que os educadores devem acompanhar a tramitação do projeto de lei do Plano Nacional de Educação no Congresso Nacional, cabendo aos dirigentes de cada região reunir-se com os deputados federais e levar a eles a proposta dos trabalhadores.
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Contribuição - A assembleia aprovou ainda a instituição de contribuição sindical referente à negociação coletiva. A contribuição seria cobrada indistintamente de filiados ou não, no importe de uma mensalidade sindical, no mês de julho, quando já estiver implantado na remuneração a segunda parcela do reajuste salarial. É uma forma de toda a categoria contribuir para a luta coletiva, pois o reajuste e as demais conquistam atingem não somente os sindicalizados. Para os já sindicalizados não haverá cumulatividade e, assim, em julho não haverá cobrança da mensalidade sindical.
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quarta-feira, 2 de maio de 2012

APP CORNELIO PROCÓPIO: Resultado de nossa mobilização: governo acata reiv...

APP CORNELIO PROCÓPIO: Resultado de nossa mobilização: governo acata reiv...: Do Portal da APP Sindicato Hora-atividade terá implementação total de 33% em janeiro de 2013 Reajuste para professores e funcionários, a...

Resultado de nossa mobilização: governo acata reivindicações da categoria

Do Portal da APP Sindicato

Hora-atividade terá implementação total de 33% em janeiro de 2013

Reajuste para professores e funcionários, além de outros itens, foram amplamente debatidos em reunião com governo

A direção estadual da APP-Sindicato e a Secretaria de Estado da Educação (Seed) se reuniram na tarde desta quarta-feira para debater a pauta de reivindicação da categoria como a hora-atividade, piso salarial profissional nacional (PSPN), reajuste de funcionários, dobra de padrão, entre outros. Essa reunião é resultado da mobilização do último dia 26, quando educadores paralisaram suas atividades em todo o Paraná (leia mais).
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Hora-atividade: a direção da APP já havia notificado o governo referente à rejeição de parcelamento da implementação da hora-atividade. Na reunião de hoje (02) o governo avançou na proposta para implementação total dos 33% em janeiro de 2013. Ainda sobre o argumento da necessidade de aumentar o quadro de professores com novo concurso público e oferta do cargo de 40 horas para assim aplicar os 33%, a Seed acatou a reivindicação da categoria, sem o parcelamento.

 Flávio Arns, secretário de Educação, afirmou que haverá um grupo de trabalho no Ministério da Educação formado pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) que discutirá os critérios de implantação desse benefício garantido na Lei do Piso e como será feita uma apropriação pedagógica desde novo tempo de trabalho. O secretário garante que independente da conclusão do grupo, a implantação no Paraná está certa. "Vamos implantar com certeza em 2013, para o início do ano", afirma.
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Lei do Piso: no dia 09 de maio sairá o índice da inflação que deve ficar em torno de 5% (e não 6,5% como já foi divulgado). Independente disso, o reajuste confirmado é de 19,55%. O secretário confirmou o pagamento referente ao valor do Piso. Primeiro haverá de forma universal o pagamento da data-base. A diferença para os 19,55% serão redistribuídos nas parcelas de julho e outubro. A APP cobrou que os trâmites para o pagamento sejam agilizados. A entidade ainda ressaltou que o reajuste é referente à Lei do Piso, ou seja, deve ser implantado a todos, inclusive aposentados sem paridade e pensionistas.
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Retroativo do Piso: segundo dados da reunião anterior entre a APP , o Dieese e a Seed, o impacto é de cerca de 250 milhões. A Seed reconheceu a Lei e a dívida retroativa, mas alegou que é impossível financeiramente garantir o pagamento de imediato. O devido será pago até o final do ano. As reuniões permanentes sobre as finanças avaliarão a proposta de pagamento. A APP propôs, em último caso, um 14º salário.
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Reajuste dos funcionários: o governo não apresentou na reunião uma proposta concreta sobre esse item da pauta. A direção da APP reafirmou que não aceita apenas o índice da inflação. O governo estuda proposta de reajuste igualando ao salário mínimo regional que teve um aumento de 10,33%. O secretário de Educação admite considerar inadequado ter funcionários ganhando menos que o salário mínimo regional. A APP propôs que a diferença da data-base conste na reformulação do plano de carreira. Na próxima semana uma reunião entre APP-Sindicato e Seed o debaterá especificamente esse tema.
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Dobra de padrão: a proposta da Seed é a realização da dobra de padrão em duas etapas: em 2012 para quem possui um padrão de 20h mais aulas extraordinárias e em 2013 para quem tem dois padrões. A APP continua defendendo que todos os profissionais devem obter esse direito ao mesmo tempo. A Seed apresentou impossibilidade de realização numa única etapa devido ao impacto financeiro. Mesmo assim garantiu que as duas etapas constarão do novo decreto, cuja proposta será encaminhada à direção do sindicato para análise e debate no conselho estadual e na assembleia.
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Outros pontos:
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Concurso público - até o final de maio será publicado o edital de convocação do concurso para professor. Na próxima semana a Seed divulgará o cronograma depois de debate com a Seap.
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Plano de carreiras dos funcionários - a proposta de minuta já foi entregue ao Secretário de Educação. O compromisso do governo, reafirmado na reunião, é, de até o final de maio encaminhar para a Assembleia Legislativa. A APP ainda apresentará duas correções à proposta, mas garantiu a inclusão de pós-graduação, especialização, para Agente Educacional I e mestrado para Agente Educacional II.
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Reposição da paralisação - o mesmo encaminhamento dado à reposição de 15 de março será realizado em relação à paralisação de 26 de abril. A Superintendência de Educação enviará orientação aos NRE's e escolas.

Participaram da reunião pela APP-SINDICATO, a Presidenta Marlei Fernandes de Carvalho, a Secretária Educacional Walkíria Olegário Mazeto, o secretário de Funcionários Valdivino de Moraes, o Secretario de Finanças Miguel Baez, o secretário de Imprensa Luiz Carlos Paixão, o Secretário de Assuntos Jurídicos Mario Sergio Ferreira de Souza e o representante do Dieese, o economista Cid Cordeiro. Pela Seed participaram o Secretário de Educação Flávio Arns, o Diretor geral da Seed Jorge Wekerlin, a Superintendente de Educação Meroujy Cavet, o chefe de gabinete Cilos Vargas, a chefe do GRHS Graziele Andreola.